Gestão de projetos por meio de jogos de empresas em um programa vivencial que combina teoria e prática

Autores

  • Humberto Reis dos Santos Souza Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ http://orcid.org/0000-0002-7005-7585
  • Roberta Lívia Garcia Teixeira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG

DOI:

https://doi.org/10.20401/lagos.11.2.361

Palavras-chave:

Gestão de projetos, Jogo de Empresas, Aprendizagem vivencial

Resumo

O presente trabalho tem o objetivo geral analisar as contribuições do uso de jogos de empresa para o ensino de gestão de projetos. Como objetivos específicos têm-se: identificar e descrever as contribuições do programa vivencial em gestão de projetos para uma empresa simulada e para o processo de ensino. A pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, ex post facto quanto aos procedimentos técnicos, com coleta de dados envolvendo dados secundários (relatórios gerenciais, material instrucional, plano de ensino da disciplina, manuais, etc.) fruto de uma experiência envolvendo o Programa de Aprendizagem Vivencial em Gestão de Projetos, aplicado em um curso de mestrado profissional em administração, de uma instituição federal de ensino superior do sul fluminense. Utilizando-se da Teoria da Aprendizagem Vivencial para apresentar os elos do desempenho da empresa simulada com as etapas do ciclo de Kolb (2015), pode-se perceber, a nível do participante, que as contribuições do método têm a potencialidade de fomentar o aprendizado pela ação, aliando teoria e prática. Nesse sentido, parece haver indícios de que a qualidade explícita no jogo, aferida pelo modelo lógico de Kriz e Hense (2006), permitiu que o estudante tivesse a oportunidade de percorrer o ciclo de aprendizagem de Kolb (2015).

Biografia do Autor

Humberto Reis dos Santos Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ

Mestre em Administração MPA-PPGA-UFF

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ

Resende, Rio de Janeiro - Brasil

Roberta Lívia Garcia Teixeira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG

Mestre em Administração MPA-PPGA-UFF, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG, Barbacena, MG

Referências

ANBARI, F. T. Earned value project management method and extensions. Project Management Journal, v. 34, n. 4, p. 12-23, 2003. Disponível em:<https://doi.org/10.1177/875697280303400403>. Acesso em 23 jun. 2018.

BELLOTTI, F. et al. Designing a course for stimulating entrepreneurship in higher education through serious games. Procedia Computer Science, v. 15, p. 174-186, 2012. Disponível em:< https://doi.org/10.1016/j.procs.2012.10.069>. Acesso em 23 jun. 2018.

BORGES, J. G.; CARVALHO, M. M. Critérios de sucesso em projetos: um estudo exploratório considerando a interferência das variáveis tipologia de projetos e stakeholders. Production, v. 25, n. 1, p. 232-253, 2015. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132014005000019>. Acesso em 23 jun. 2018.

CARREIRO, E. L. P. Programa vivencial em gestão de projetos. 2016. 100 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2016. Disponível em:< http://ppga.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/117/2017/07/Disserta%C3%A7%C3%A3o- Eduardo-de-Lima-P.Carrero.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2018.

CARREIRO, E. L. P.; OLIVEIRA, M. A. Jogo de Empresas em gestão de projetos: aplicação em uma multinacional automobilística. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 9, n. 4, p. 69-82, out./dez. 2015. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.12712/rpca.v9i4.593>. Acesso em 18 jun. 2018.

CARVALHO, M. M.; RABEQUINI JR. R. Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências em gestão de projeto. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

CHEN, H. L.; CHEN, W. T.; LIN, Y. L. Earned value project management: Improving the predictive power of planned value. International Journal of Project Management, v. 34, n. 1, p. 22-29, 2016. Disponível em:< https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2015.09.008>. Acesso

em 18 jun. 2018.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

CROOKALL, D. Serious games, debriefing, and simulation/gaming as a discipline. Simulation & gaming, v. 41, n. 6, p. 898-920, 2010. Disponível em:< https://doi.org/10.1177/1046878110390784 >. Acesso em 23 jun. 2018.

DIAS, J. A. S. Modelo de avaliação de um programa vivencial em gestão de projetos. Volta Redonda, 2017. 95f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2016. Disponível em: < http://ppga.sites.uff.br/wp- content/uploads/sites/117/2018/04/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Jo%C3%A3o-Amaro-da- Silva-Dias.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2018.

FARIA, A. J.; HUTCHINSON, D.; WELLINGTON, W. J.; GOLD S. Developments in business gaming: A review of the past 40 years. Simulation & gaming, v. 40, n. 4, p. 464-487, dez. 2009. Disponível em: <10.1177/1046878108327585>. Acesso em: 23 jun. 2018.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6a. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HORNSTEIN, H. A. The integration of project management and organizational change management is now a necessity. International Journal of Project Management, v. 33, n. 2, p. 291-298, 2015. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2014.08.005>. Acesso em: 18 abr. 2018.

KERZNER, H. Project management: a systems approach to planning, scheduling, and controlling. 8 th. ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2003.

KEYS, B.; WOLFE, J. The role of management games and simulations in education and research. Journal of Management, v. 16, n. 2, p. 307-336, jun. 1990. Disponível em:<10.1177/014920639001600205>. Acesso em: 23 jun. 2018.

KOLB, A. D. Experiential learning: experience as the source of learning and development. 2. ed. New Jersey: Pearson Education, 2015.

KOLB, A. Y.; KOLB, D. A. Learning styles and learning spaces: Enhancing experiential learning in higher education. Academy of Management Learning & Education, v. 4, n. 2, p. 193-212, jun. 2005. Disponível em: <10.5465/AMLE.2005.17268566>. Acesso em: 23 jun. 2018.

KOLB, A. Y.; KOLB, D. A.; PASSARELI, A.; SHARMA, G. On becoming an experiential educator: The educator role profile. Simulation & gaming, v. 45, n. 2, p. 204-234, 2014. Disponível em: < https://doi.org/10.1177/1046878114534383 >. Acesso em: 23 jun. 2018

KRIZ, W. C.; HENSE, J. U. Theory-oriented evaluation for the design of and research in gaming and simulation. Simulation & Gaming. v. 37 n. 2, p. 268-283, jun. 2006. Disponível em: < https://doi.org/10.1177/1046878106287950 >. Acesso em: 23 abr. 2017.

KRIZ, W. C.; AUCHTER, E. 10 Years of Evaluation Research Into Gaming Simulation for German Entrepreneurship and a New Study on Its Long-Term Effects. Simulation & Gaming, v. 47, n. 2, p. 179-205, mar. 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/1046878116633972>. Acesso em: 23 abr. 2018.

MOTTA, G. S.; MELO, D. R. A.; PAIXÃO, R. B. O jogo de empresas no processo de aprendizagem em administração: o discurso coletivo de alunos. RAC-Revista de Administracao Contemporanea, v. 16, n. 3, p. 342-360, mai./jun. 2012. Disponível em: < dx.doi.org/10.1590/S1415-65552012000300002 >. Acesso em: 23 jun. 2018

MRTVI, V. O. et al. Jogos de empresas: abordagens ao fenômeno, perspectivas teóricas e metodológicas. Revista de Administração Contemporânea, v. 21, n. 1, p. 19-40, jan./fev. 2017. Disponível em: <10.1590/1982-7849rac2017150212>. Acesso em: 23 jun. 2018.

OLIVEIRA, M. A. Gestores de avental branco? Ambientes experimentais na educação gerencial. REVISTA LAGOS, v. 6, n. 1, jan./jun. 2015. Disponível em: < www.revistalagos.uff.br/index.php/lagos/article/download/258/116>. Acesso em: 10 mai. 2018.

OLIVEIRA, M. A. Tópicos Especiais em Estratégia e Operações II – Gestão de Projetos em Ambiente Simulado. Volta Redonda: In mimeo, 2018.

OLIVEIRA, M. A; SAUAIA, A. C. A. Impressão docente para aprendizagem vivencial: um estudo dos benefícios dos jogos de empresas. Revista RAEP - Administração: Ensino e Pesquisa. Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 355-391, jul/ago/set. 2011. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.13058/raep.2011.v12n3.159>. Acesso em: 23 jun. 2018.

PAJARES, J.; LOPEZ-PAREDES, A. An extension of the EVM analysis for project monitoring: The Cost Control Index and the Schedule Control Index. International Journal of Project Management, v. 29, n. 5, p. 615-621, 2011. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2010.04.005>. Acesso em: 23 abr. 2017.

PATAH, L. A.; et al. Construindo pontes entre ensino e a prática da gestão de projetos. MundoPM. Curitiba, v. 12, n. 71, p. 75-83, 2016.

PMI – PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK). 5. ed. Pennsylvania: Project Management Institute, 2013.

RABECHINI JUNIOR, R. et al . A organização da atividade de gerenciamento de projetos: os nexos com competências e estrutura. Gest. Prod., São Carlos , v. 18, n. 2, p. 409-424, 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2011000200014>. Acesso em: 22 abr. 2018.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3a. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROKOOEI, S.; GOEDERT, J. D.; NAJJAR, L. Enhancing Construction Project Management Education by Simulation. Journal of Professional Issues in Engineering Education and Practice, v. 143, n. 4, p. 1-9, 2017. Disponível em: < https://doi.org/10.1061/(ASCE)EI.1943-5541.0000329>. Acesso em: 23 abr. 2018.

SAUAIA, A. C. A. Conhecimento versus desempenho das organizações: um estudo empírico com Jogos de Empresas. REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 12, n. 1, p. 1-17, 2006. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/40368>. Acesso em: 23 abr. 2018.

SAUAIA, A. C. A. Laboratório de gestão: simulador organizacional, jogo de empresas e pesquisa aplicada. 3. ed. Barueri: Manole, 2013.

SAUAIA, A. C. A.; OLIVEIRA, M. A. Decomposição do Desempenho Organizacional em um Jogo de Empresas. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, v. 4, n. 1, p. 158-182, 2011. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.19177/reen.v4e12011158-182>. Acesso em: 23 abr. 2018.

SIDHU, I. et al. A Game-Based Method for Teaching Entrepreneurship. Appl. Innov. Rev, n. 1, p. 51-65, 2015. Disponível em: < http://lup.lub.lu.se/record/7760425>. Acesso em: 23 abr.2018.

SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4a. ed. Florianópolis: UFSC, 2005.

VANHOUCKE, Mario. On the dynamic use of project performance and schedule risk information during project tracking. Omega, v. 39, n. 4, p. 416-426, 2011. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.omega.2010.09.006>. Acesso em: 23 abr. 2018.

VANHOUCKE, M. Measuring the efficiency of project control using fictitious and empirical project data. International Journal of Project Management, v. 30, n. 2, p. 252-263, 2012. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.ijproman.2011.05.006>. Acesso em: 23 abr. 2018.

VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 10a. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

SOUZA, Humberto Reis dos Santos; TEIXEIRA, Roberta Lívia Garcia. Gestão de projetos por meio de jogos de empresas em um programa vivencial que combina teoria e prática. REVISTA LAGOS, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 27–36, 2020. DOI: 10.20401/lagos.11.2.361. Disponível em: https://www.lagos.vr.uff.br/index.php/lagos/article/view/361. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Relatos técnicos